Autismo é um transtorno do desenvolvimento marcado por inabilidade para interagir socialmente, dificuldade no domínio da linguagem para se comunicar e comportamento restritivo e repetitivo.
O autismo acomete pessoas de todas as classes com predominância em meninos. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é que os sinais fiquem evidentes antes da criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser: ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental, portador voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação e tem comprometimento da compreensão. Em muitos casos, o paciente com autismo tem domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior com menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.
Os estudos iniciais consideravam o transtorno resultado de fatores genéticos e biológicos com diagnóstico essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o histórico do paciente.
Tratamento
Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem sintomas graves associados
Os especialistas dão algumas orientações de como proceder com um paciente com autismo, dentre eles:
* Todos os envolvidos em casa precisam de atendimento e orientação de especializados, pois ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família
* É fundamental descobrir um meio ou técnica que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;
* Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;
* Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que ofereça atendimento mais individualizado, apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser respeitadas.
* Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em determinadas áreas do conhecimento com características de genialidade, até mesmo com inteligência excepcional aos demais. Por isso que nesse caso o diagnóstico acaba em muitas vezes sendo errado, devido o grau de autismo e algumas características não serem tão relevantes como outras mais conhecidas da doença.